Com as discussões nem sempre amistosas que continuam rolando no artigo “E se Chris Redfield tivesse morrido em Resident Evil 6”, surgiu uma questão interessante. Em meio à guerrinha ridícula dos fãs de Leon contra os fanáticos pelo capitão da B.S.A.A., alguns disparos acabaram sobrando para Jake Muller, o filho de Albert Wesker, e sua participação nem sempre querida no sexto game da série.
Muito se falou sobre a influência de Alice e
os filmes de Resident Evil sobre o personagem. Alguns afirmaram gostar dele, mas a maioria não aprovou esse que é um grande candidato a se tornar um dos principais protagonistas da franquia no futuro. E uma coisa ficou clara: uma significativa parcela dos fãs não entendeu exatamente o que significa a descendência de Albert Wesker a Jake, nem a origem dos supostos poderes possuídos por ele.
Tal enrosco decorre de declarações confusas da própria Capcom durante o desenvolvimento de RE6 e um entendimento um pouco equivocado do que aconteceu ao longo do game. Parece que nem mesmo as legendas em português serviram para que as pessoas compreendessem completamente a história. E é para isso que serve o nosso bloco SAC Responde, que agora, aparece mais uma vez em texto.
Sangue especial, mas não superpoderoso...
Desde o primeiro trailer de Resident Evil 6, ficou claro que Jake Muller era detentor de algo especial. Antes mesmo de conhecermos seu nome e sua descendência, sabíamos que o sangue dele poderia significar a salvação da humanidade perante o perigo biológico. Mais do que isso, conhecemos as impressionantes habilidades de combate do jovem, capaz de encarar tropas de J’avos usando apenas os próprios punhos.
Mais tarde, tudo ficou ainda mais claro: Jake é filho de Albert Wesker e teria herdado as habilidades de seu pai. É por isso que ele se tornou um alvo da Neo-Umbrella, a organização responsável por boa parte das ameaças vistas no título. E é justamente aí que mora o engano que existe até hoje.
De acordo com dados oficiais, Jake Muller nasceu em 1992. E, ao contrário do que muito se especulou, não é parte de nenhum projeto científico de Albert Wesker. Os files de Resident Evil 6 não são muito claros, mas afirmam que o jovem é um filho ilegítimo do vilão, fruto da relação dele com uma mulher não identificada. Ela, inclusive, criaria o protagonista apenas com palavras boas sobre o pai, que os abandonou antes mesmo do nascimento dele.
Como todos sabemos, Albert Wesker obteve seus poderes apenas em julho de 1998, após fingir a própria morte como parte de seu plano para obter dados de pesquisa e trair a Umbrella Corporation. A força extrema e o alto poder de regeneração vieram de uma versão modificada do Vírus Progenitor, produzida por William Birkin.
O que Jake efetivamente herdou de Wesker foi o seu sangue especial, resistente a vírus e com uma grande capacidade de adaptação. Há aqui, porém, uma grande área cinzenta. Em nenhum momento, é dito que Albert Wesker foi manipulado geneticamente por Ozwell Spencer como parte do projeto Wesker Children.
A afirmação do vilão em Resident Evil 5, descobrindo que foi “manufaturado”, se deve às condições ambientais para a criação de um ser humano superior. Uma boa escola, treinamento físico adequado, assistência médica e tudo mais. E não algum tipo de alteração mais profunda.
O sangue claramente resistente de Jake Muller, então, pode ser visto por alguns como um pequeno erro de conceito. Os roteiristas de Resident Evil 6 podem ter entendido a trama do game anterior de forma errônea. Por outro lado, dá para afirmar que o sangue de Wesker é sim resistente às infecções, levando-se em conta a maneira como ele se adaptou ao Progenitor Vírus. Aqui, não há resposta concreta e, o que é muito triste, a questão fica aberta à interpretação de cada um.
Mas e essa força toda?
Jake Muller claramente tem poderes sobre-humanos em Resident Evil 6. E esse aspecto se deve a algo que é exibido logo na cena de abertura do capítulo dele. Nos momentos iniciais do game, ele infecta a si mesmo com o C-Vírus, mas, ao contrário de todos os outros, não se transforma em um J’avo. Isso é observado de perto por Carla Radames.
Com suas habilidades potencializadas, mas sua humanidade mantida completamente, ele foi capaz de enfrentar seus inimigos com muito mais confiança e força. E na cena mais infame para muitos, Jake encarou Ustanak com as mãos limpas, em um momento que ecoa a Resident Evil 2: Apocalipse.
Para todos os efeitos, Jake Muller é sim mais poderoso que os seres humanos normais. Mas, ao contrário do que toda a divulgação de Resident Evil 6 fez parecer, isso se deve ao C-Vírus injetado por ele próprio e não à descendência de Albert Wesker. Resta saber apenas quais os efeitos da mutação a longo prazo no corpo do personagem, já que por ora, ele permanece como uma das forças mais importantes da luta contra o bioterrorismo.
Tal enrosco decorre de declarações confusas da própria Capcom durante o desenvolvimento de RE6 e um entendimento um pouco equivocado do que aconteceu ao longo do game. Parece que nem mesmo as legendas em português serviram para que as pessoas compreendessem completamente a história. E é para isso que serve o nosso bloco SAC Responde, que agora, aparece mais uma vez em texto.
Sangue especial, mas não superpoderoso...
Desde o primeiro trailer de Resident Evil 6, ficou claro que Jake Muller era detentor de algo especial. Antes mesmo de conhecermos seu nome e sua descendência, sabíamos que o sangue dele poderia significar a salvação da humanidade perante o perigo biológico. Mais do que isso, conhecemos as impressionantes habilidades de combate do jovem, capaz de encarar tropas de J’avos usando apenas os próprios punhos.
Mais tarde, tudo ficou ainda mais claro: Jake é filho de Albert Wesker e teria herdado as habilidades de seu pai. É por isso que ele se tornou um alvo da Neo-Umbrella, a organização responsável por boa parte das ameaças vistas no título. E é justamente aí que mora o engano que existe até hoje.
De acordo com dados oficiais, Jake Muller nasceu em 1992. E, ao contrário do que muito se especulou, não é parte de nenhum projeto científico de Albert Wesker. Os files de Resident Evil 6 não são muito claros, mas afirmam que o jovem é um filho ilegítimo do vilão, fruto da relação dele com uma mulher não identificada. Ela, inclusive, criaria o protagonista apenas com palavras boas sobre o pai, que os abandonou antes mesmo do nascimento dele.
Como todos sabemos, Albert Wesker obteve seus poderes apenas em julho de 1998, após fingir a própria morte como parte de seu plano para obter dados de pesquisa e trair a Umbrella Corporation. A força extrema e o alto poder de regeneração vieram de uma versão modificada do Vírus Progenitor, produzida por William Birkin.
O que Jake efetivamente herdou de Wesker foi o seu sangue especial, resistente a vírus e com uma grande capacidade de adaptação. Há aqui, porém, uma grande área cinzenta. Em nenhum momento, é dito que Albert Wesker foi manipulado geneticamente por Ozwell Spencer como parte do projeto Wesker Children.
A afirmação do vilão em Resident Evil 5, descobrindo que foi “manufaturado”, se deve às condições ambientais para a criação de um ser humano superior. Uma boa escola, treinamento físico adequado, assistência médica e tudo mais. E não algum tipo de alteração mais profunda.
O sangue claramente resistente de Jake Muller, então, pode ser visto por alguns como um pequeno erro de conceito. Os roteiristas de Resident Evil 6 podem ter entendido a trama do game anterior de forma errônea. Por outro lado, dá para afirmar que o sangue de Wesker é sim resistente às infecções, levando-se em conta a maneira como ele se adaptou ao Progenitor Vírus. Aqui, não há resposta concreta e, o que é muito triste, a questão fica aberta à interpretação de cada um.
Mas e essa força toda?
Jake Muller claramente tem poderes sobre-humanos em Resident Evil 6. E esse aspecto se deve a algo que é exibido logo na cena de abertura do capítulo dele. Nos momentos iniciais do game, ele infecta a si mesmo com o C-Vírus, mas, ao contrário de todos os outros, não se transforma em um J’avo. Isso é observado de perto por Carla Radames.
Com suas habilidades potencializadas, mas sua humanidade mantida completamente, ele foi capaz de enfrentar seus inimigos com muito mais confiança e força. E na cena mais infame para muitos, Jake encarou Ustanak com as mãos limpas, em um momento que ecoa a Resident Evil 2: Apocalipse.
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